sexta-feira, 8 de abril de 2011

OSC AFRICANAS APRESENTAM PROPOSTA
DE TEMAS PARA DISCUSSÃO EM BUSAN

Várias Organizações da Sociedade Civil (OSC) africanas reuniram-se no final de Fevereiro para discutir os pontos-chave para apresentar no 4.º Fórum de Alto Nível para a Eficácia da Ajuda em Busan, Coreia do Sul, no final de Novembro. As OSC reafirmam que, para que haja uma mudança fundamental em África, é necessário passar do debate da Eficácia da Ajuda para a discussão em torno da Eficácia do Desenvolvimento.
Esta mudança requer um processo inclusivo que abranja os cidadãos do continente, baseada numa abordagem dos direitos e nos princípios de apropriação democrática.

De forma resumida, as OSC africanas reclamam aos seus Governos que:
- defendam o princípio da apropriação democrática da Eficácia do Desenvolvimento;
- melhorem o ambiente em que operam as OSC africanas;
- reforcem os processos de formulação e implementação das políticas;
- promovam a prestação de contas interna aos seus países;
- reconheçam e promovam os princípios da Eficácia ao Desenvolvimento nas OSC;
- reconheçam, sustentem e promovam a solidariedade local;
- gerem e reforcem a mobilização interna de recursos.

Relativamente aos doadores, as OSC africanas reclamam:
- o aceleramento da implementação da Agenda para a Acção de Acra ou outra eventual arquitectura acordada para a Ajuda ao Desenvolvimento;
- o estabelecimento de um processo multi-stakeholders de monitorização e avaliação;
- a aplicação dos compromissos de alinhamento e de utilização de assistência técnica local;
- a criação de um ambiente favorável para as OSC;
- o respeito do um compromisso para atribuição de 0,7 por cento do seu PIB para a Ajuda ao Desenvolvimento.

O documento destaca ainda a importância dos actores não tradicionais para a agenda da Eficácia da Ajuda, nomeadamente os doadores emergentes, fundações, sector privado e fundos globais. Deste conjunto de actores, as OSC esperam que:
- os doadores emergentes garantam que não irão “atropelar” padrões que promovam o desenvolvimento sustentável;
- as fundações para o Desenvolvimento assumam um papel de procura de novas soluções e inovações para canalização da Ajuda ao Desenvolvimento;
- as intervenções do sector privado sejam centradas numa abordagem baseada nos direitos;
- os fundos globais funcionem para apoiar a apropriação pelo país e se tornem mais orientados para os destinatários da Ajuda ao Desenvolvimento.

Em breve, será disponibilizado o documento na íntegra.

Sem comentários:

Enviar um comentário