quarta-feira, 15 de junho de 2011

ODI: PROGRESSO DE ÁFRICA PERTENCE A ÁFRICA

O progresso do Desenvolvimento em África funciona melhor quando é liderado pelos Estados e cidadãos africanos, defende o mais recente relatório lançado na segunda-feira pelo ODI –Overseas Development Institute. Apesar de reconhecer a importância da Ajuda ao Desenvolvimento no contexto de África, “Mapping progress: evidence for a new development Outlook” identifica o papel crucial de lideranças eficazes, políticas inteligentes, bases institucionais adequadas e parcerias internacionais que conduzem ao Desenvolvimento, sugerindo uma nova perspectiva de progresso.

O relatório dá alguns exemplos de motores do Desenvolvimento:
Lideranças inteligentes: segundo o ODI, as transformações ocorridas no Gana, Ruanda e Brasil não aconteceriam sem os presidentes Rawlings, Kagame e Lula, respectivamente.
Políticas inteligentes: o ODI sugere que o progresso envolve uma alteração no controlo do Governo nos mercados e preços para facilitar e permitir investimento e produção e, no melhor dos casos, para capacitar os seus cidadãos.
Instituições inteligentes: em muitos países, o progresso tem sido alcançado através de reformas na governação ao descentralizar e reforçar o papel das instituições locais. As reformas têm sido levadas a cabo não só para melhor a prestação de serviços à comunidade, mas para tornar mais eficaz a gestão das finanças públicas.
Amigos inteligentes: parcerias internacionais eficazes podem ser um importante catalisador para o progresso. Essas parcerias podem assumir várias formas para além da Ajuda ao Desenvolvimento, incluindo transferência de conhecimento e tecnologia, relações de mercado internacionais e intervenções diplomáticas.

O documento divide ainda os países em quatro categorias:
- “as estrelas” – histórias de progresso que se destacam por definição: melhorias a diversos níveis e sustentáveis por um longo período;
- “os potenciais” – casos onde o progresso ganha um momentum, mas não é certo que seja sustentável;
- “as surpresas” – histórias de progresso pouco conhecidas contra todas as probabilidades; países emergentes de zonas de conflito ou com profundos desafios culturais e geográficos;
- “os enigmas” – países que demonstram um forte progresso em alguns programas e sectores, mas que não têm (ainda) um impacto positivo na redução da pobreza.

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