sexta-feira, 16 de setembro de 2011

COMISSÃO EUROPEIA APELA A POSIÇÃO CONCERTADA
DA EUROPA PARA BUSAN


A Comissão Europeia lançou esta semana um documento no qual apela à União Europeia (UE) que fale a uma só voz no 4.º Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda (HLF-4, na sigla inglesa) em Busan, na Coreia do Sul, sugerindo que uma posição comum poderá facilitar a implementação ao nível dos países e uma melhor monitorização a nível global. Trata-se de um documento preparatório antes da reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros a 14 de Novembro, na qual será adoptada uma posição comum da Europa dos 27 para Busan.

Com base em pesquisas realizadas em diversos países europeus, a Comissão Europeia indentifica no documento compromissos-chave para a reforma da arquitectura actual de Ajuda ao Desenvolvimento e como base futura de intervenção, nomeadamente:

Apropriação_ A apropriação do país parceiro é fundamental para a Ajuda ser útil no alcance dos resultados de Desenvolvimento. Para isso é necessário promover o diálogo inclusivo e o reforço de competências entre stakeholders e instituições locais;

Transparência e previsibilidade da Ajuda_ A informação, previsibilidade e a divulgação em tempo útil de dados sobre os fluxos de Ajuda ao Desenvolvimento são fundamentais para aumentar a capacidade dos países beneficiários em implementar as suas próprias estratégias de Desenvolvimento. O estudo revela que a ausência de previsibilidade sobre os fluxos de Ajuda da EU custa cerca de mil milhões de euros por ano.

Alinhamento_ Alinhar com as prioridades dos países parceiros e utilizar os seus sistemas são dois elementos igualmente importantes para alcançar a apropriação e liderança desses países no processo de Desenvolvimento.

Responsabilização pelos resultados obtidos_ A responsabilização pelos resultados deve ser feita através da capacitação para monitorizar, medir e divulgar resultados e utilizá-los para tomar medidas posteriores.

Reduzir a fragmentação e proliferação_ A proliferação e fragmentação resultam numa duplicação de esforços e a custos de transacção desnecessários. A União Europeia pode poupar mais de 700 milhões de euros por ano ao reduzir a fragmentação da Ajuda ao Desenvolvimento.

Países em situação de fragilidade_ Diversos estudos demonstram que os princípios da Eficácia da Ajuda são importantes em países em situação de fragilidade, bem como a implementação de boas práticas, com devidas adaptações e flexibilidade.

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