segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AJUDA AO DESENVOLVIMENTO: EUROPEUS DEMONSTRAM GRANDE APOIO NA AJUDA AOS MAIS POBRES

Ler: Making a difference in the world: Europeans and the future of development aid
(inglês ou francês)

Os europeus consideram a ajuda aos pobres como uma prioridade, de acordo com um novo inquérito. 84% dos inquiridos num novo Eurobarómetro apoiam a ajuda ao desenvolvimento em todo o mundo a fim de ajudar as pessoas em situação de pobreza. A maioria dos cidadãos da UE (84%), também apoia o facto de a ajuda da UE incidir fortemente na boa governação e nos direitos humanos nos países em desenvolvimento, uma directriz proposta pelo Comissário Piebalgs, na sua recente proposta, «Agenda para a mudança».

Os europeus estão dispostos a participar activamente na ajuda aos mais pobres – metade dos cidadãos da UE estão dispostos a pagar mais pelas suas compras diárias (por exemplo, para produtos do comércio justo), se souberem que tal é susceptível de beneficiar países em vias de desenvolvimento, de acordo com o mesmo inquérito.

Andris Piebalgs, Comissário responsável pelo Desenvolvimento, declarou: «Os europeus estão a enviar uma mensagem clara aos políticos na UE e de países terceiros: mesmo em tempos de crise económica, continuam firmemente empenhados em ajudar os outros a sair da pobreza. Esta generosidade tem de ser correspondida pela responsabilidade política. Temos de ser mais eficientes e transparentes mostrando os resultados da nossa ajuda para provar que os fundos representam uma verdadeira diferença. O Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda, que se realizará na próxima semana em Busan, na Coreia do Sul, constituirá uma excelente oportunidade para demonstrar a forma de podermos tornar a nossa ajuda ainda mais eficaz. Apraz-me ver que os cidadãos nos apoiam neste objectivo».

A juventude europeia – a melhor aliada dos pobres do mundo
Os jovens da Europa (entre os 15 e os 24 anos) manifestaram o seu forte apoio à política de desenvolvimento, revela o Eurobarómetro. 9 em cada 10 pensam que é importante ajudar as pessoas pobres e 41 % pensa que é «muito importante», em comparação com 35 % das pessoas com mais de 40 anos de idade. Também assumem o empenhamento pessoal mais forte com a causa, estando 53 % dos jovens e 60 % dos estudantes dispostos a pagar mais pelos produtos (do comércio justo, por exemplo) se tal beneficiar as pessoas pobres do mundo. Os jovens também manifestam um forte apoio à promessa de aumentar os níveis de ajuda (69 % quando a média para todos os inquiridos é de 62 %).

Outros resultados
  • 62 % dos cidadãos europeus são a favor de aumentar a ajuda ao desenvolvimento, pelo menos, para 0,7% do rendimento nacional bruto da UE até 2015
  • 70 % consideram a África Subsariana como a parte do mundo mais necessitada de ajuda para combater a pobreza, seguida do Médio Oriente e do Norte de África (33 %)
  • 80 % é a favor da ligação do desenvolvimento com outras políticas da UE como a migração, o comércio ou o acesso à energia.
  • 42 % consideram que a eficácia da ajuda pode ser reforçada, essencialmente, trabalhando mais estreitamente com os próprios países em desenvolvimento, enquanto 36 % preferem uma melhor cooperação com outros países doadores, como os Estados Unidos e a Austrália.
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Contexto
O Eurobarómetro especial n.º 375 « Making a difference in the world: Europeans and the future of development aid » (Fazer a diferença no mundo: os europeus e o futuro da ajuda ao desenvolvimento) foi realizado em 27 Estados-Membros da UE em Setembro de 2011. Foram directamente entrevistados 26 856 europeus com 15 ou mais anos. O inquérito tem por objectivo avaliar os pontos de vista do público sobre a ajuda ao desenvolvimento e o futuro da cooperação para o desenvolvimento, antes da Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda que se realizará em Busan, na Coreia do Sul, entre 29 de Novembro e 2 de Dezembro.
Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda de Busan
O quarto Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda em Busan, na Coreia do Sul, será um excelente oportunidade para continuar a desenvolver esforços no sentido de melhorar a eficácia da ajuda e reforçar as parcerias entre os países em desenvolvimento, os doadores e as ONG, bem como as economias emergentes e o sector privado.
O Fórum também deverá ser uma oportunidade para discutir a evolução de anteriores compromissos globais assumidos em Paris e Acra, bem como para definir mais precisamente e aprofundar os compromissos destinada a garantir o cumprimento até 2015 dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

A Agenda para a mudança
Em Outubro de 2011, a Comissão Europeia apresentou a «Agenda para a mudança» da política de desenvolvimento da UE. A proposta estabelece uma abordagem mais estratégica da UE para a redução da pobreza, nomeadamente através de uma atribuição mais precisa do financiamento para a ajuda ao desenvolvimento.
As futuras despesas da UE devem centrar-se em sectores fundamentais para o crescimento inclusivo e a longo prazo nos países que mais necessitam de apoio externo e em que a ajuda pode fazer a diferença. A fim de gerar mais recursos, a UE irá explorar formas de financiamento do desenvolvimento inovadoras, como a combinação de subvenções e de empréstimos. A Comissão também incentivará a UE e os seus Estados-Membros a preparar, em conjunto, estratégias e programas (a «programação conjunta») e a assegurar uma melhor repartição das tarefas, a fim de aumentar a eficácia da ajuda.

A UE enquanto doador
A União Europeia no seu conjunto (os Estados-Membros e EuropeAid, fundos administrados pela Comissão) é o maior doador de ajuda oficial ao desenvolvimento e ajuda pessoas em mais de 150 países. Em 2010, concedeu 53,8 mil milhões de EUR (mais de 50 % da ajuda mundial). A Comissão Europeia é responsável pela gestão anual de 11 mil milhões de EUR de ajuda, o que a coloca em segundo lugar entre os doadores a nível mundial.

Fonte: Comissão Europeia

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