(inglês ou francês)
Os europeus consideram a ajuda aos pobres como uma prioridade, de acordo com um novo inquérito. 84% dos inquiridos num novo Eurobarómetro apoiam a ajuda ao desenvolvimento em todo o mundo a fim de ajudar as pessoas em situação de pobreza. A maioria dos cidadãos da UE (84%), também apoia o facto de a ajuda da UE incidir fortemente na boa governação e nos direitos humanos nos países em desenvolvimento, uma directriz proposta pelo Comissário Piebalgs, na sua recente proposta, «Agenda para a mudança».
Os europeus
estão dispostos a participar activamente na ajuda aos mais pobres – metade dos
cidadãos da UE estão dispostos a pagar mais pelas suas compras diárias (por
exemplo, para produtos do comércio justo), se souberem que tal é susceptível de
beneficiar países em vias de desenvolvimento, de acordo com o mesmo inquérito.
A juventude europeia – a melhor aliada dos
pobres do mundo
Os jovens da
Europa (entre os 15 e os 24 anos) manifestaram o seu forte apoio à política de
desenvolvimento, revela o Eurobarómetro. 9 em cada 10 pensam que é importante
ajudar as pessoas pobres e 41 % pensa que é «muito importante», em
comparação com 35 % das pessoas com mais de 40 anos de idade. Também
assumem o empenhamento pessoal mais forte com a causa, estando 53 % dos
jovens e 60 % dos estudantes dispostos a pagar mais pelos produtos (do
comércio justo, por exemplo) se tal beneficiar as pessoas pobres do mundo. Os
jovens também manifestam um forte apoio à promessa de aumentar os níveis de
ajuda (69 % quando a média para todos os inquiridos é de 62 %).
Outros resultados
- 62 % dos cidadãos europeus são a favor de aumentar a ajuda ao desenvolvimento, pelo menos, para 0,7% do rendimento nacional bruto da UE até 2015
- 70 % consideram a África Subsariana como a parte do mundo mais necessitada de ajuda para combater a pobreza, seguida do Médio Oriente e do Norte de África (33 %)
- 80 % é a favor da ligação do desenvolvimento com outras políticas da UE como a migração, o comércio ou o acesso à energia.
- 42 % consideram que a eficácia da ajuda pode ser reforçada, essencialmente, trabalhando mais estreitamente com os próprios países em desenvolvimento, enquanto 36 % preferem uma melhor cooperação com outros países doadores, como os Estados Unidos e a Austrália.
Contexto
O
Eurobarómetro especial n.º 375 « Making a difference in the world: Europeans
and the future of development aid » (Fazer a diferença no mundo: os europeus e
o futuro da ajuda ao desenvolvimento) foi realizado em 27 Estados-Membros da UE
em Setembro de 2011. Foram directamente entrevistados 26 856 europeus com
15 ou mais anos. O inquérito tem por objectivo avaliar os pontos de vista do
público sobre a ajuda ao desenvolvimento e o futuro da cooperação para o
desenvolvimento, antes da Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda que se
realizará em Busan, na Coreia do Sul, entre 29 de Novembro e 2 de Dezembro.
Fórum de
Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda de Busan
O quarto
Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda em Busan, na Coreia do Sul, será
um excelente oportunidade para continuar a desenvolver esforços no sentido de
melhorar a eficácia da ajuda e reforçar as parcerias entre os países em
desenvolvimento, os doadores e as ONG, bem como as economias emergentes e o
sector privado.
O Fórum
também deverá ser uma oportunidade para discutir a evolução de anteriores
compromissos globais assumidos em Paris e Acra, bem como para definir mais
precisamente e aprofundar os compromissos destinada a garantir o cumprimento
até 2015 dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.
A Agenda para a mudança
Em Outubro
de 2011, a Comissão Europeia apresentou a «Agenda para a mudança» da política
de desenvolvimento da UE. A proposta estabelece uma abordagem mais estratégica
da UE para a redução da pobreza, nomeadamente através de uma atribuição mais
precisa do financiamento para a ajuda ao desenvolvimento.
As futuras
despesas da UE devem centrar-se em sectores fundamentais para o crescimento
inclusivo e a longo prazo nos países que mais necessitam de apoio externo e em
que a ajuda pode fazer a diferença. A fim de gerar mais recursos, a UE irá
explorar formas de financiamento do desenvolvimento inovadoras, como a
combinação de subvenções e de empréstimos. A Comissão também incentivará a UE e
os seus Estados-Membros a preparar, em conjunto, estratégias e programas (a
«programação conjunta») e a assegurar uma melhor repartição das tarefas, a fim
de aumentar a eficácia da ajuda.
A UE enquanto doador
A União
Europeia no seu conjunto (os Estados-Membros e EuropeAid, fundos administrados
pela Comissão) é o maior doador de ajuda oficial ao desenvolvimento e ajuda
pessoas em mais de 150 países. Em 2010, concedeu 53,8 mil milhões de EUR (mais
de 50 % da ajuda mundial). A Comissão Europeia é responsável pela gestão
anual de 11 mil milhões de EUR de ajuda, o que a coloca em segundo lugar entre
os doadores a nível mundial.
Fonte: Comissão Europeia
Fonte: Comissão Europeia
Sem comentários:
Enviar um comentário