terça-feira, 19 de abril de 2011

CRÍTICAS ÀS PROPOSTAS DO BANCO MUNDIAL
PARA PAÍSES EM SITUAÇÃO DE FRAGILIDADE

No Relatório sobre o Desenvolvimento Global 2011, o Banco Mundial não inclui o compromisso da Declaração de Paris sobre a Eficácia da Ajuda com o esforço de construção de instituições em Estados em situação de fragilidade ou conflito, apontam os críticos

No início da semana passada o Banco Mundial lançou o Relatório sobre o Desenvolvimento Global de 2011 e à medida que os dias passam multiplicam-se as críticas às propostas do documento para os países fustigados por conflitos e em situação de fragilidade. Num artigo de opinião no The Guardian, Jonathan Glennie, do instituto britânico ODI (Overseas Development Institute), considera algumas afirmações do documento demasiado óbvias como “o conflito é o inimigo número um do Desenvolvimento” ou a importância da criação de emprego entre os jovens.

Sob o tema “Conflito, Segurança e Desenvolvimento”, o documento destaca a importância de apoiar a realização de reformas políticas profundas e  a construção de instituições estáveis nos países em situação de fragilidade e, neste ponto, Glennie questiona: Por que é que o Banco Mundial não menciona a importância da Declaração de Paris?

“Não há desculpa para a falha de não mencionar a Agenda de Paris sobre a Eficácia da Ajuda. O ponto fundamental para a legitimidade das instituições é saber a proveniência do dinheiro. Este relatório concentra-se na relação entre doador-beneficiário, que turva a suposta prestação de contas entre cidadãos e Governo.”

Desde o lançamento do relatório que o Banco Mundial tem sido criticado por não incluir a maior iniciativa internacional que procura harmonizar a relação entre os chamados  doadores e beneficiários. “Enquanto se pede aos doadores que trabalhem em conjunto, o Banco Mundial prefere trabalhar sozinho, criando um novo grupo de ‘princípios do Relatório sobre o Desenvolvimento Global’”, afirma Glennie.


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