segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Discurso de Emele Duituturaga, vice-presidente
do Open Forum for CSO Development Effectiveness*


“Ni sa Bula vinaka” e saudações calorosas das Ilhas do Pacífico. Em nome dos 300 representantes da Sociedade Civil neste Fórum, agradecemos ao Governo e ao povo da República da Coreia pela sua hospitalidade calorosa e padrões de excelência na preparação deste encontro. A nossa participação como cidadãos globais tem sido muitas vezes marcada por detenções de líderes da Sociedade Civil nos aeroportos, não tendo permissão para embarcar ou passar os funcionários da imigração. Mas a entrada tranquila na Coreia [do Sul] foi o primeiro presságio de que a nossa viagem a Busan por um mundo melhor não foi em vão.

A nossa viagem para Busan começou, de facto, logo após Acra. Ficámos reconhecidas como actores independentes de pleno direito e aceitámos o desafio de sermos responsáveis pelo nosso trabalho de Desenvolvimento. Nos últimos três anos, desde Acra, mais de 20.000 Organizações da Sociedade Civil (OSC), incluindo sindicatos, grupos de mulheres, grupos de jovens, organizações religiosas e outros movimentos sociais em mais de 90 países, foram consultadas sobre o processo, a agenda e os resultados esperados no 4.º Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda [HLF4, na sigla em inglês]. Depois, cerca de 500 reuniram-se num pré-Fórum da Sociedade Civil e reafirmaram que nós – 300 de nós – viriam para este Fórum como um só e a falar a uma só voz. Isto é de facto notável e, mesmo para nós, é difícil de acreditar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DE BUSAN FICA A PROMESSA DE UMA NOVA PARCERIA GLOBAL PARA O DESENVOLVIMENTO

 
Do 4.º Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda que teve lugar em Busan (Coreia do Sul) na semana passada resultou uma nova declaração que reforça compromissos assumidos em encontros anteriores e procura dar um novo fôlego à coordenação dos diversos actores de Desenvolvimento, colocando à mesa de negociações doadores tradicionais (sobretudo países membros da OCDE), países beneficiários, novos doadores como a China, Índia ou Brasil, Organizações da Sociedade Civil, e ainda sector privado e sindicatos.

A Parceria Global para a Eficácia da Cooperação para o Desenvolvimento representa um avanço de Acra em inúmeras áreas consideradas vitais para a sociedade civil. Para Busan, as Organizações da Sociedade Civil (OSC) levaram na bagagem uma proposta de passagem da Eficácia da Ajuda para uma agenda de Eficácia do Desenvolvimento, assente formalmente nos direitos humanos, nomeadamente na igualdade de género, no direito ao trabalho decente e na sustentabilidade ambiental.